
Confundo a razão e a emoção;
Me emociono, penso;
Ao pensar, Te sinto;
Remorso sinto.
Nessa linha tênue entre o parar e o prosseguir, prossigo.
Sigo um caminho que não tem volta.
Me cego, Te renego.
Disfarço não Te conhecer.
Por um instante sinto que me ofereces
a oportunidade de retornar.
A dor invade, machuca, fere.
Num ato covarde nego, Te renego.
Não assumo e sumo,
Fugindo do meu próprio olhar de acusação.
Me desestabilizo,
Deslizo numa superfície suja, escorregadia.
Sem freios vou seguindo,
Me divertindo;
Te denegrindo.
De repente páro.
Não tenho mais para onde ir.
A miséria se satisfez do vazio que lhe faltava.
Acabou a graça.
Páro, reflito, desespero.
Cheio de vazio, o coração resolve esperar.
Espero.
Na esperança há calma e me acalmo.
Na tranqüilidade, não penso
Somente sinto.
Meu ser que antes em desgraça
Se enche de sua graça.
Nessa condição, espero
Não desespero.
Não penso,
Te ouço e somente Te sigo.
Fecho o círculo de outrora
Para trilhar em seu caminho linear,
Constante.
Me purifica, Santifica
E me impulsiona para a
E t e r n i d a d e.
FREDERICO DANIEL